SÍNDROME METABOLICA

Doenças frequentes como hipertensão, alterações na glicose e no colesterol estão muitas vezes, associadas à obesidade e mais que isso, essas condições estão unidas por um elo de ligação comum, chamado resistência insulínica. A valorização da presença da Síndrome se deu pela constatação de sua relação com doença cardiovascular. Quando presente, a Síndrome Metabólica está relacionada a uma mortalidade geral duas vezes maior que na população normal e mortalidade cardiovascular três vezes maior.

Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são os da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os do National Cholesterol Education Program (NCEP) – americano. Porém o Brasil também dispõe do seu Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, documento referendado por diversas entidades médicas.

Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:

Obesidade central – circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
Hipertensão Arterial – pressão arterial sistólica > 130 e/ou pressão arterial diatólica > 85 mmHg;
Glicemia alterada (glicemia > 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
Triglicerídeos > 150 mg/dl;
HDL colesterol < 40 mg/dl em homens e < 50 mg/dl em mulheres

A estratégia terapêutica se baseada em estilo de vida saudável, evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo peso. Cada parte da síndrome metabólica também deve ser tratada com medicamentos, se necessário, tanto para controlar os níveis elevados de açúcar (glicose) no sangue, hipertensão arterial e níveis alterados de gordura, quanto para ajudar na perda de peso.

No casos de níveis elevados de açúcar no sangue, os medicamentos que aumentam a sensibilidade do organismo à insulina, como, por exemplo, a metformina ou um medicamento da classe da tiazolidinediona (por exemplo, rosiglitazona ou pioglitazona), podem ajudar. Assim como podem ser usadas estatinas, como a Sinvastatina, Rosuvastatina ou Atorvastatina, além de ezetimiba, fitoesteróis e Omega3 para controle dos lípides. Os anti-hipertensivos da classe inibidores da ECA (como enalapril), bloqueadores de receptores da angiotensina (como Losartana, Cadensarta) e diuréticos são as melhores opções.

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